quinta-feira, 22 de julho de 2010

CINETERAPIA EXIBE MORTE EM VENEZA

Segunda-feira, 26/07/2010 às 20h
Cinebancários - Gen. Câmara, 424
Debate com Tatata Pimentel
Mediação Cínthya Verri e Roberto Azambuja
ENTRADA FRANCA


Tatata Pimentel participa do debate sobre velhice e homoafetividade

Um filme que é um encontro de gênios: o cineasta Luchino Visconti na direção, Gustav Mahler na música e texto de Thomas Mann.

Com entrada franca, Cineterapia exibe o clássico "Morte em Veneza" (1971), considerado uma das melhores adaptações feitas até hoje, nesta segunda (26/7), às 20h, no Cinebancários (Rua General Câmara, 424 - Centro), em Porto Alegre.

O convidado ao debate após a sessão é o jornalista e professor Tatata Pimentel, que conduz "Gente da Noite" e integra o time do "Café TVCOM", programas da RBS. Formado em Direito, Jornalismo e Letras, Tatata vai colocar sua erudição na roda e refletir sobre o ideal de beleza do segundo filme da trilogia alemã do italiano Visconti, iniciada com ‘Os Deuses Malditos’ e encerrada com ‘Ludwig, a Paixão de Um Rei’. Abordará temas centrais da obra como a velhice e a homoafetividade.

No livro de Thomas Mann, o protagonista Aschenbach é escritor. Para atender o propósito das tomadas lentas e a contundência das sinfonias, ele aparece no filme como um velho compositor em crise artística, que viaja para férias em Veneza. Lá, conhece o jovem Tadzio, e enfrenta uma incontrolável atração que mudará sua vida reclusa e austera.

Ponto alto da carreira do diretor, a história é vista como uma metáfora sobre a passagem do tempo e o medo da morte.

Em sua 7ª edição, o projeto disponibiliza clássicos que abordam a saúde afetiva e ainda possibilita análise comportamental por destacados pensadores, psiquiatras e escritores gaúchos.

A mediação da conversa fica por conta dos terapeutas Cínthya Verri e Roberto Azambuja.

Reservas de ingressos poderão ser feitas por email, escreva para:
atendimento@clinicaverri.com.br

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Epílogo: CINETERAPIA comemora 30 anos de O Iluminado

Cena de "O Iluminado", clássico de Stanley Kubrick exibido no último Cineterapia.


Roberto Azambuja, Enéas de Souza e Cínthya Verri
Professor Enéas de Souza: uma aula de cinema. Contextualizou o enredo historicamente, apresentou detalhes e esclareceu mistérios sobre o filme. É a inauguração de perspectivas - acompanhados por ele, ficou muito diferente e interessante.

A discussão sobre o filme trouxe à tona um ponto fixo defendido pelo diretor:
- trata-se de um drama e não de um filme de terror.

Na obra, podemos entender que uma família isolada tende a adoecer e a enlouquecer. Principalmente, que os donos do hotel Overlook, que contrataram Jack Torrance, sabiam que isso aconteceria - mas a destruição de uma família é um custo baixo para a manutenção dos luxos do cinco estrelas encravado nas montanhas.


A beleza do filme quase disfarça os terrores apresentados. A psicotização da família Torrance tinha sido prevista por Danny, o menino de sete anos. Também isso corrobora com a tese do gênero dramático - as crianças sabem antes dos adultos porque estão mais próximas daquilo que somos, estão mais em contato com a alma humana e menos adoecidas pelo desejo de poder.

O pai, o mais grave, distanciado por uma mania de grandeza, jamais considerou a hipótese de que a separação deles da civilização pudesse afetá-lo. Por isso, foi o primeiro e o mais agressivo, mas todos alucinaram marcando a psicose compartilhada.

O congelamento, expresso em toda a fotografia, como pano de fundo, marca o quanto é cíclico esse tipo de processo. A máscara final de Jack é terrível e assusta porque deverá voltar à tona assim que o inverno ceder.




O ILUMINADO (The shining, 1980, Warner Bros, 143min) Direção e produção: Stanley Kubrick. Roteiro: Stanley Kubrick, Diane Johnson, romance de Stephen King. Fotografia: John Alcott. Montagem: Ray Lovejoy. Música: Wendy Carlos, Rachel Elkind. Figurino: Milena Canonero. Direção de arte/cenários: Roy Walker/Les Tomkins. Casting: James Liggat. Produção executiva: Jan Harlan. Elenco: Jack Nicholson, Shelley Duvall, Danny Lloyd, Scatman Crothers, Philip Stone. Estreia: 23/5/80