domingo, 12 de setembro de 2010

CINETERAPIA: Jorge Furtado e Woody Allen - Epílogo




Trinta de agosto de 2010: o Cineterapia chegou a 7ª edição. A casa estava cheia. Mais de cem pessoas se espalharam pelas cadeiras, escadas e corredores do Cinebancários. Alguns toparam assistir de pé, ninguém queria perder o espetáculo.

E não foi para menos, já que tivemos o encontro de dois grandes cineastas. Na tela Woody Allen, com Annie Hall (Noivo Neurótico, Noiva Nervosa); no palco, Jorge Furtado.



Furtado chamou a atenção do público para a filosofia que reside nos filmes de Allen: onde impera o humor aparece uma refinada forma de filosofar. Não é só o texto que aborda a vida humana, mas o próprio humor já mostra uma perspectiva de vida.

Essa atmosfera prende o espectador ao filme, que fica vidrado ao fluxo de piadas.



O convidado também nos falou da força que tem uma obra de arte como Annie Hall: é impossível sair da sessão sem ser modificado, e não há palavras para explicar o que mudou em nós. Nietzsche foi trazido para o debate, com sua ideia que falar da coisa já é diminuí-la.

Furtado comparou esta produção brilhante de 1977 com a produção atual do cinema americano. Para ele houve uma visível queda no potencial criativo. Lembrou da própria expectativa quando sabia que ia sair um novo filme de um grande diretor. (quais eram os diretores mesmo???)

Para ele esta atual escassez de criatividade foi gerada, em grande parte, pelo moralismo que tomou conta de Hollywood. A falta de liberdade aprisiona a reflexão. Por isso, para o cineasta, a melhor da produção americana atual são os filmes infantis.



Por fim nosso convidado discorreu sobre as mídias alternativas, que escapam deste moralismo. A internet, com seu arsenal: blogs, youtube, vlogs, permite uma liberdade de acesso a todo tipo de informação e material.

>>Conheça o Blog do Jorge Furtado
http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado