É comum entre as pessoas que fazem a Clínica Peripatética (a clínica em movimento) dizer que é preciso sair do consultório e caminhar para que ocorra a desterritorialização, que é um nome bem complicado.
Nome complicado, mas simples de compreender.
Desterritorializar é tirar do lugar seguro, já engessado, e ir até outro lugar. Sair para que a pessoa possa ver a si mesma desde um outro território.
Sair para se re-conhecer
Cada vez que mudamos de cidade nos vemos diferentes, capazes de novas coisas e incapazes de tantas outras.
Todos nós que fizemos uma viagem a outro país, ou conhecemos alguém que fez, sabemos quão diferente sentimos a nós mesmos quando estamos longe de casa.
Pois bem, fazer uma Clínica Peripatética ou um Acompanhamento Terapêutico nas ruas é sair de casa.
O mais importante é que esta saída não tem como intuito movimentar só o paciente - é mais que tudo uma tentativa de desterritorializar toda a análise, que por vezes encontra-se paralisada, presa com uma estaca no mesmo lugar.
Por isso o Acompanhante Terapêutico é um terapeuta que vem complementar o processo de cura. Ele vai ser aquele que vem de fora, o estrangeiro que ajuda a chegar até um outro lugar.
De fazer e desfazer
Há 12 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário