terça-feira, 24 de novembro de 2009

CINETERAPIA com Paulo Sérgio e Elisabeth



A sessão, além da alegria de Paulo Sérgio, também teve:
falas do
Odon Frederico Cavalcanti Carneiro Monteiro e da Maria Carpi;
a presença maravilhosa de muitas pessoas; e
Elisabeth esteve magnífica na tela. Ela nos mostrou com naturalidade que somos despreparados para a vida, mas não é isso que nos faz adoecer.

A porta da vida se abre sempre que nos aproximamos; é preciso coragem para entrar e enfrentar os fantasmas.
Ela não foi “Terapeuta”. Elisabeth foi acompanhante: do pai, da mãe, de Agnés, do cachorro Nuts, de Rose e de Yvon. Por isso é que puderam crescer juntos.
O importante é que possamos “sair” do pai e da mãe, sem brigar nem nada, não é necessário deixar ninguém – mas é fundamental sair, para termos nosso próprio nome.

Diz Fernando Pessoa, na voz de Paulo Sérgio:

A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.

Nosso agradecimento especial ao Cinebancários, que abriu as portas de sua casa.

Ficamos muito felizes com a presença de vocês. Queremos que participem dando sugestões, pedindo filmes, criticando, indicando nomes.

Nooso email de contato é contato@clinicaverri.com.br.


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CINETERAPIA com Paulo Sérgio e Elisabeth

Veremos Filmes
apresenta:
CINETERAPIA



Na segunda-feira, dia 23/11, às 20h, veremos Eu Me Chamo Elisabeth (Je M'Appelle Elisabeth)* na companhia do Paulo Sérgio Rosa Guedes.

Este evento nasce do Curso de Instrução do AT e é aberto a interessados em viver melhor.

*O filme está disponível no Brasil somente em película; em DVD apenas para a Europa, portanto a oportunidade é rara.

O Sindicato dos Bancários cede a casa - isso tudo acontece lá:

Cinebancários

Rua General Câmara, 424 - Centro
Pertinho do Theatro São Pedro (google-mapa no fim do post)
Ingressos a R$20,00 (80 lugares)

Reservas de ingressos deverão ser feitas por email
(atendimento@clinicaverri.com.br)
e serão válidas até 20 minutos antes da sessão.



Eu Me Chamo Elisabeth

titulo original: (Je M'Appelle Elisabeth)

lançamento: 2006 (França)

direção: Jean-Pierre Améris

atores: Alba Gaïa Kraghede Bellugi , Stéphane Freiss ,
Maria de Medeiros , Benjamin Ramon , Yolande Moreau

duração: 90 min

gênero: Drama




Paulo Sérgio Rosa Guedes


Percebe a solidão e diz que é insuportável sermos tão diferentes um do outro.


Paulo Sérgio é um magneto.


Ele, de si, conta assim: que conquistou a medicina, que a música o formou, que tenta um pouco a poesia e é assim que se afina para tornar-se o que é.


Não pode ser reduzido à psico-análise que ensina, embora generosa e brilhante.


Ajuda-nos a viver com coragem e fala com a verdade necessária.


Autor de “O Sentimento de Culpa”; de “Nada precisa ser como é”; organizou e compôs “Palavras Guardadas”.


Reside em Porto Alegre e vive com paixão.


Pode ser encontrado em Punta del Este, em formosas quadras de tênis, hábeis mesas de Poker, em salas de cinema quase vazias, dentro da música, com amigos, com amor.


[Entrevista em 2007]




Exibir mapa ampliado

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O fazendeiro e o trigo - Osho

Me contaram uma antiga parábola - deve ser bem antiga, porque Deus vivia na terra nessa época.

Um dia um homem foi até ele, um velho fazendeiro, e disse:

"Olhe, você pode ser Deus e pode ter criado o mundo, mas devo lhe dizer uma coisa: você não é um fazendeiro. Você nem sabe o básico sobre fazendas.

Deus disse: "Qual o seu conselho?"

O fazendeiro respondeu: Me dê um ano, me deixe fazer as coisas do meu jeito e você verá o que vai acontecer. Não haverá mais pobreza!"

Deus estava disposto a tentar e deu um ano para o fazendeiro. Naturalmente, este pediu apenas o melhor, só pensou no melhor: sem trovões, sem fortes ventanias, sem perigos para as plantações. Tudo era muito confortável, acolhedor, e ele estava muito feliz. O trigo estava crescendo muito! Quando ele queria sol, havia sol. Quando ele queria chuva, havia chuva, e tanta chuva quanto ele achasse necessário. Nesse ano tudo esteve correto, matematicamente correto. Mas, quando foi feita a colheita, não havia grãos de trigo dentro. O fazendeiro ficou surpreso e perguntou a Deus o que havia acontecido, o que havia saído errado.

Deus disse: "Como não houve dificuldades nem conflitos, nenhum atrito, como você evitou tudo aquilo que podia ser ruim, o trigo se tornou impotente. É necessário que haja alguma dificuldade. As tempestades, os trovões, os raios, todos eles são necessários. Eles fazem com que a alma do trigo se mobilize."

Se você está apenas feliz, feliz e feliz, a felicidade irá perder todo o seu sentido. Será como alguém que escreve com giz branco sobre uma parede branca. Ninguém será capaz de ler o que foi escrito. É preciso escrever em um quadro-negro para que as coisas se tornem claras. A noite é tão necessária quanto o dia. E os dias de tristeza são tão essenciais quanto os de alegria. Chamo isso de compreensão.
Uma vez que você tenha entendido isso, pode relaxar: nesse relaxamento estará a entrega. Você dirá: "Seja feita a vossa vontade." Você dirá: "Faça o que achar mais correto. Se hoje forem necessárias nuvens, que venham nuvens. Não me ouça, minha compreensão é limitada. O que sei sobre a vida e seus segredos? Não me ouça! Continue agindo de acordo com a sua vontade."
Então, lentamente, quanto mais você perceber o ritmo da vida, o ritmo da dualidade, o ritmo da polaridade, mais irá parar de pedir, de escolher.
Esse é o segredo. Viva com este segredo e veja a beleza. Viva com este segredo e subitamente você será surpreendido: como é grande a bênção da vida! Quanto é despejado sobre você a cada momento!
Miséria significa que as coisas não estão de acordo com seus desejos. E as coisas nunca estão de acordo com seus desejos, não podem estar. As coisas apenas vão seguindo sua natureza.
Lao Tsu chama essa natureza de Tao. O Buda chama essa natureza de Dhamma. Mahavir definiu a religião como "a natureza das coisas". Nada pode ser perfeito. O fogo é quente e a água é fresca.
Um homem sábio é aquele que relaxa em ação, com relação à natureza das coisas, aquele que segue a natureza das coisas.
E quando você segue a natureza das coisas, não há sombras a seu redor. Não há infelicidade. Mesmo a tristeza é luminosa nesse caso, mesmo a tristeza é bela. Não digo que não haverá tristeza: ela virá, mas não será sua inimiga. Você será capaz de ver sua graça e será capaz de ver por que está lá e por que é necessária.

Nietzsche - Além do Bem e do Mal

nietzsche alem do bem e do mal